Ao contrário de muitas datas comemorativas, criadas para estimular o comércio, o Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU para lembrar as conquistas políticas e sociais das mulheres. Percebe como vai muito além de parabenizar e dar flores?
A data é um lembrete sobre uma luta diária e de séculos, que nos convida a refletir sobre a representatividade em nosso cotidiano. Por essa razão, o assunto em pauta é o empoderamento feminino na publicidade — mais uma revolução para a história.
Há pouco mais de cem anos, os anúncios publicitários apenas se direcionavam às mulheres para falar sobre alimentos ou produtos de higiene e limpeza. Na época, as mulheres eram retratadas apenas como donas de casa e esposas submissas.
A ditadura da beleza sempre esteve presente, além do pensamento de “agradar” o sexo masculino em vez de si mesma.
Ao longo da história, as mulheres lutaram — e continuam lutando — para ter espaço no mercado de trabalho, na política, nas universidades, no esporte e nos cargos de liderança. Atualmente, no Brasil, as mulheres representam 8 milhões de empreendedoras (Sebrae) e 57% dos estudantes matriculados em cursos de graduação (Inep).
Enquanto consumidoras, as mulheres também têm assumido o protagonismo, exigindo das marcas uma profunda reflexão e mudança de estereótipos. Embora elas detenham 85% do poder de compra, 65% das brasileiras não se sentem representadas pela propaganda nacional — dados do estudo TodXs, realizado pela Heads Propaganda em 2017.
Em sintonia com a manifestação que ocorre em todo o mundo, as mulheres brasileiras desejam ser representadas de maneira real, inclusiva e digna. As marcas que entendem, apoiam e participam desse movimento de forma genuína são as que terão maior relevância no futuro.
Muitas marcas têm se mobilizado em tratar o empoderamento feminino na publicidade, gerando visibilidade à causa e importantes discussões.
Confira algumas delas:
Campanha #LikeAGirl da Always:
Campanha Dream Crazier da Nike:
Campanha Ame Seus Cachos da Dove:
Campanha Vai Garota do Itaú:
E por que não envolver os homens como agentes de mudança?
Embora a 7ª edição do estudo acima aponte um progresso na atualidade, em que há mais conteúdos que empoderam do que estereotipam, ainda há muito a melhorar. Em termos de equidade racial, por exemplo, 25% das mulheres protagonistas nos anúncios são negras. Já a presença de mulheres gordas equivale de 0% a 5%.
É importante termos ciência do papel social que as marcas possuem, além de reconhecer a publicidade como parte da cultura, capaz de influenciar o imaginário das pessoas e incentivar mudanças.
E vale lembrar: essa consciência sobre respeito e igualdade não pode se restringir às propagandas e ações de marketing. Precisa fazer parte da cultura e da política das empresas, impactando no relacionamento e nas oportunidades dadas às mulheres.
Agora, um recado de uma mulher para outra: lembremos sempre a nós mesmas e às pessoas ao redor o real significado dessa data. Cuidemos umas das outras. Saibamos nos elogiar, apoiar e fortalecer em vez de nos criticar. A gente pode muito, ainda mais juntas! 😉
Pronto(a) para fazer parte desta revolução?
Se depois desta reflexão, você deseja que sua marca se comunique melhor, com mais representatividade, entre em contato e vamos continuar esse bate-papo.