Mesmo quem não pretendia comprar na Black Friday notou o volume de propagandas, ofertas e promoções, principalmente entre os dias 24 e 26 de novembro. As lojas estavam cheias, as filas longas e a expectativa alta. Com descontões em produtos de baixo custo e descontos razoáveis em produtos mais caros, essa foi uma boa chance do brasileiro conseguir seus produtos por preços mais acessíveis.
Já na 7.a edição, as vendas durante o fim de semana da Black Friday 2017 cresceram 4,9%, um bom percentual. Uma pesquisa da blackfridaysale, levantada através das plataformas do Global Savings Group, apontou dados interessantes sobre a Black Friday 2017:
– As categorias mais populares foram celulares e eletrônicos (32%), moda e acessórios (10%), livro, filmes, música e jogos (22%).
– O tamanho médio da cesta de compra foi R$ 578.
– 56,5% do público fazendo compras eram mulheres, 43,5% eram homens.
– 48% tinham de 25 a 34 anos.
– 61% usaram o desktop e 39% usaram o celular ou tablet.
Com certeza, houve oportunidades de levar produtos com bons preços para casa. As Lojas Americanas cortaram pela metade o preço de vários produtos de valor baixo. Em várias lojas online, produtos de aproximadamente R$ 1700 passaram a custar R$ 1500, como o Galaxy S7. Na loja física da Fast Shop, na cidade de Piracicaba, a máquina de lavar Samsung, que custava aproximadamente 2500 na internet, foi vendida por 1990. E, em uma ação bem bacana, a Magazine Luiza vendeu a caixa preta, onde 700 pessoas adquiriram produtos de alto valor por um preço muito baixo. Além disso, a loja ofereceu bons descontos em TVs e ares-condicionados, o que fez com que as ações da empresa fechassem a sexta-feira com alta de 4,67%, trazendo a estimativa de que a Magazine Luiza teve a melhor Black Friday de sua história.
Claro, más práticas ocorreram. Em 12 horas, o Reclame Aqui registrou 1347 queixas. E a web, como sempre, se expressou: “tudo pela metade do dobro” e #blackfraude. Sem dúvidas, há irregularidades por parte das empresas, que oferecem “descontos” com base em preços inflados, por exemplo, de R$ 3500 por R$ 2000 (sendo que R$ 3500 foi o maior preço registrado do produto – a meses ou até semestres atrás). Agora, cabe ao PROCON e ao Ministério da Justiça julgar todas as más práticas encontradas, não só na Black Friday, mas em boa parte do comércio brasileiro – que insiste em dar “descontos” sobre preços inflados.
Aqui, vemos que, se a intenção é comprar por menos, a pesquisa rigorosa é muito importante. Você pode acompanhar os preços dos produtos, visitar várias lojas, comparar entre loja física e online, procurar por ações relâmpago, notar a oscilação de preços entre períodos, colocar alertas de websites, ver a timeline de preços no Buscapé, etc. Há várias maneiras de evitar a enganação e assegurar uma boa compra. Por último, vale ressaltar que preços oscilam muito. Um produto que está com 30% de desconto na Black Friday já deve ter chegado ou pode chegar a este mesmo valor em algum outro breve período, porém você precisa ficar muito atento – por meses – para não perder a oportunidade.
Sem dúvidas, a Black Friday vem crescendo no Brasil. As compras na edição de 2017 somaram 2,1 bilhões só no e-commerce, com negócios de todos os tipos participando.
E aí, aproveitou muito a Black Friday 2017?